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reposição



"...«Há uma compreensão que nasce da intuição.» Ou seja: não se preocupem com a lógica. Sintam. Tudo virá depois." in Público (ípsilion - 6.04.07) em entrevista a David Lynch pelo filme INLAND EMPIRE.

O teatro é sem dúvida a arte da repetição, como tantas vezes nos dizem. Então é obvio que se há trabalhos que nascem do esforço de um conjunto de pessoas que acreditam na mesma coisa, esse trabalho é suposto ser partilhado, mostrado, entregue ao público no melhor formato possível, e naquele que se adeque.

Queremos, portanto, exportar um trabalho que se fez dentro de portas, no conforto de uma "casa", e partilhá-lo com o público; como a mulher que várias vezes vê a ecografia, e depois do parto é altura de entregar o recém-nascido ao mundo, ver o sol e tudo o mais.

Temos a colaboração do FÁBRICA SOCIAL, que amavelmente nos cedeu o espaço. A peça decorrerá nos dias 10+11+12 de Maio, todos os dias pelas 21.30h e que fica na Rua da Fábrica Social. Para os que conhecem o Porto é fácil de dar, sobe-se Stª Catarina em direcção ao Marquês de Pombal e próximo da Rua da Escola Normal, é numa pequena "ruela" mesmo à esquerda.


Para esclarecer qualquer dúvida e reservas de bilhetes: sempalco@gmail.com

contacto para reserva de bilhetes: 22 519 37 63 (das 14h às 17h)

preço dos bilhetes: 2,50€ preço único


Sinopse

O Surrealismo de Buñuel, mistura-se com a perturbação de Hamlet idealizada por Shakespeare, num espectáculo onde a “não-lógica” comanda a acção e as palavras de personagens que surgem deslocadas do seu próprio mundo comandam os sentidos deste Hamlet surrealista, tecendo uma “não-história” passível de ser interpretada de várias maneiras, individualmente, por cada um dos espectadores.



Cada sonho ou pesadelo é impossível de relembrar de forma contínua ou até mesmo com algum sentido realista, pretendemos que a razão e a lógica sejam colocadas em segundo plano e que de olhos bem abertos sejamos capazes de ver, a cru, a “não-realidade” de um Hamlet mimado, um cavalo falante, uma greco-romana exagerada, um monte de banhas com o título de “Dom” e um morto-vivo com dotes de culinária… sejam eles quem forem, façam parte de que história fizerem…


informação:

mapa de localização do espaço de apresentação

hamlet um exercicio de surrealismo

ver galeria de imagems sempalco



hamlet v.1

hamlet surrealista

Desviando um pouco do âmbito das produções especificas da companhia sempalco, o grupo está reunido na iniciativa projectos independentes da ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA E ARTES DO ESPECTÁCULO, uma vez que todos os membros são actualmente estudantes no curso superior de teatro/interpretação da escola referida. O projecto parte do texto de Hamlet escrito por Luis Buñuel e traduzido por Mário Cesariny. Uma escrita surrealista que deixa o livro por si só ser uma autêntica obra de arte, utilizando uma linguagem apelativa à imagem que transporta o leitor para um mundo sensorial que se rege por uma não-lógica e uma sucessão de actos e cenas que apresentam uma coerência inerente aos próprios surrealistas dos anos vinte e que procuravam transcrever directamente para o papel, ou para a imagem (pintura, escultura, etc...) o mundo dos sonhos.
Em "Hamlet" encontramos um conjunto de personagens obstinadas com a sua própria existência e que surgem como fragmentos dos originais de Shakespeare. O classissismo está presente sobretudo no tipo de escrita utilizada.
Pretendemos numa fase inicial ultrapassar as dificuldades que existem em transformar o sonho em realidade, e passá-lo directamente para a cena teatral criando uma teia de movimentos e de palavras que através do caos, como numa camisola de lã, se entrelaçam perfeitamente para criar um sentido passível de diferentes interpretações.
Com a influência das obras de arte de Buñuel procuramos um surrealismo que transfira para a representação ao vivo a noção de pesadelo/sonho criando um conjunto de situações que apelem à imaginação do público, e que desperte sensações fortes que influenciem o âmago do espectador a gostar ou a odiar este espectáculo. Como um pesadelo, que não gostamos por mexer directamente nas entranhas da existência humana, fazer sobressair os nossos medos, e que ao mesmo tempo impossível de esquecer. É esta a cicatriz que queremos deixar... e o nosso pressuposto é experimentar e quem sabe, acertar.
palavras chave: Buñuel; Surrealismo; Sensações; Imaginação; Sonho vs. Pesadelo.